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Estiagem compromete abastecimento de quase 1 milhão de pessoas na região

Quinta, 11 de maio de 2006, 17h32

A falta da água decorrente da estiagem que afeta o estado já atinge diretamente quatro municípios do Vale do Itajaí – Brusque, Itajaí, Navegantes e Ilhota, e deixa em alerta outras cidades. Juntas elas somam cerca de 900 mil habitantes Meteorologistas prevêem que este quadro permanecerá até as primeiras semanas de junho.

Há duas semanas, Itajaí era a primeira cidade a alertar a região a respeito da intensa estiagem que compromete o abastecimento de 200 mil habitantes. O quadro não se reverteu, e hoje o número de pessoas que correm o risco de ficar sem água nas torneiras pode chegar a quase 1 milhão no Vale do Itajaí. Segundo o meteorologista Sergei Alex da Cunha, da Univali, todo Vale e Foz do Itajaí podem ser afetados.

Gilsânia Araújo, meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Clima da Epagri, explica que este quadro de seca no estado é provocado em grande parte pelo “La Nina”, um fenômeno climático que causa um resfriamento anômalo na costa peruana, e que culmina com a redução de chuvas em Santa Catarina. “Temos uma menor formação de umidade no Amazonas, que perde muita intensidade até chegar na região Sul”, esclarece. E a previsão não é animadora. De acordo com o coordenador do laboratório de climatologia da Univali, Sergei Alex de Araújo, as chuvas só virão na segunda semana de junho. Ele ainda acrescenta que este atual quadro é agravado com a distribuição irregular das precipitações.

Em Itajaí, a Semasa realizou ações para orientar e amparar os moradores. Além de comunicados através de rádio, jornal e televisão, foram organizados esquemas de plantão para o atendimento através do telefone gratuito (0800 645 0195). Caminhões-pipa estão há duas semanas cuidando do abastecimento de creches, escolas, hospitais, postos de saúde. As sub-prefeituras recebem água potável para distribuir gratuitamente entre a população. A criação de uma comissão técnica (envolvendo Cidasc, Univali, Consultoria em Engenharia, Semasa, Epagri, Secretaria de Obras, Defesa Civil e Famai) estuda quais projetos e obras são mais apropriados para resolver a atual situação.

Com o tempo, outros municípios do Vale e do estado também tornaram-se vítimas da estiagem, e as localidades que ainda não tiveram o abastecimento alterado, permanecem em estado de alerta. Em Brusque, houve uma redução nos mananciais, que causou problemas de abastecimento em bairros como o Centro e Volta de Cima. De acordo com Letícia Minella, engenheira química da Samae, a situação ainda não é grave, embora o rio Itajaí Mirim esteja com a vazão reduzida em 70%. Em Barra Velha, houve alguns problemas nos reservatórios que afetaram o serviço da Água de Barra Velha, e a estiagem causa uma lentidão no preenchimento das represas.

Em Blumenau os níveis do Rio Itajaí-Açú chegaram a 0,5m - o normal é 1,87m – e os serviços já sofreram a interferência do clima. A Estação de Tratamento de Água I foi paralisada, o que não comprometeu o abastecimento por enquanto. Porém, a autarquia é mais uma a esperar que a volta das chuvas elimine definitivamente os riscos da estiagem.

Balneário Camboriú e Camboriú compartilham do mesmo serviço de tratamento de águas, e não sofreram interferências no abastecimento graças a uma barragem, porém estão também em alerta, uma vez que nível do Rio Camboriú também está baixo. Em Ilhota a Estação de Tratamento que usa a água do Rio Itajaí-Açú já está paralisando os trabalhos cerca de 12 horas por dia. A Casan admite ter captado água com até 3 mil mg de cloreto por litro de água – a legislação permite até 250 mg/l. “Não existe nenhum tratamento viável que elimine o sal da água. Portanto é impossível captar água com índices acima do permitido, tratá-la e enviar a população dentro do que é considerado próprio para consumo”, explica o diretor técnico do Semasa e ex-funcionário da Casan, Carlos Augusto Buchele. O Semasa tem alertado os cidadãos sobre o problema. “A falta d´água em Itajaí não é uma situação isolada. Fomos o primeiro a sofrer por estarmos na foz do rio, mas desde o início estamos tomando todas as providências para minimizar o problema a curto prazo e resolvê-lo com soluções que sejam definitivas”, ressalta o prefeito Volnei Morastoni.


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