SEMASA ENTREGA A PRIMEIRA ETAPA DA BARRAGEM DO ITAJAÍ-MIRIM

Quarta, 24 de janeiro de 2007, 17h48

A obra histórica será literalmente um divisor de águas. Já com o final da primeira etapa será sal de um lado, água doce de outro. A comemoração pelo fim da salinidade na água potável será nesta sexta-feira (26/01), às 11h, ao lado do ponto de captação do Rio Itajaí-Mirim.

O diretor técnico do Semasa, Carlos Augusto Buchele sabe bem o que significa esta obra. Até 2005 ele trabalhava na Casan e vivenciou por décadas o problema da salinidade em Itajaí. “Quando o sal chegava na estação a Casan parava de tratar a água, organizava uma manutenção de emergência e mascarava a salinidade”, revela Buchele.
Essa falta de investimentos durante anos resultou numa crise no abastecimento da cidade desde abril do ano passado. Os índices de salinidade atingiram picos de até 5 mil mg de sal por litro de água – o máximo permitido pelo Ministério da Saúde é de 250 mg/l. O prefeito Volnei Morastoni determinou uma força tarefa para minimizar os efeitos do sal. “Instalamos 81 pontos de água potável para distribuição gratuita à população, com mais de 300 mil litros de água por dia”, ressalta Morastoni. Nesses 9 meses de espera pela conclusão da primeira etapa da barragem o Semasa gastou mais de R$ 2 milhões para manter todas esta estrutura de abastecimento.
“A entrega desta etapa representa um momento histórico para Itajaí”, destaca o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré. “São décadas como refém da salinidade que vinha se agravando a cada ano com o aprofundamento do calado do rio e com as degradações ambientais”, complementa. A obra, orçada em R$ 4,5 milhões está sendo feita com recursos do Semasa, da Prefeitura e do Governo Federal.
A barragem está sendo construída em duas etapas. A primeira, que será entregue nesta sexta-feira, compreende o estaqueamento de metade do rio, a concretagem e a colocação de 4 das 8 comportas que estarão em funcionamento ao final da obra, além do fechamento da segunda metade do rio para a realização das mesmas etapas. “Com a tecnologia de uma mini-estação meteorológica e de sensores de salinidade, estas comportas poderão ser acionadas cada vez que a cunha salina invadir o leito do Itajaí-Mirim”, explica o engenheiro do Semasa, Fábio Inthurn.
Por enquanto o acionamento das comportas será feito mecanicamente, por meio de guindastes. “É preciso construir toda a estrutura da barragem – incluindo o outro lado do rio, para a instalação da ponte rolante (uma espécie de trilho) que fará o serviço de descida e subida das comportas”, explica o engenheiro. Cerca de 40 funcionários trabalham na obra 12 horas por dias, 6 dias por semana para adiantar o serviço. A previsão é de que até abril a barragem esteja completamente pronta. Isso inclui o projeto de urbanização do local com trilhas ecológicas, decks de visitação e iluminação. “Queremos transformar a barragem num ponto turístico”, destaca o prefeito Volnei Morastoni.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do SEMASA
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