DEPREDAÇÃO DE CHUVEIROS PÚBLICOS GERA MAIS DE 2 MIL EM GASTOS

Quinta, 01 de março de 2007, 17h02

O Semasa contabilizou os prejuízos com a depredação dos chuveiros públicos localizados em Cabeçudas. Só nos últimos 4 meses foram mais de R$ 2 mil em consertos. Os casos são constantes e revelam atos de vandalismo. “Instalamos timer nos registros para controlar o uso de água e evitar o desperdício”, explica o diretor técnico do Semasa, Carlos Augusto Buchele. “Os vândalos chegam a colocar pedaços de madeira ou de pedra no registro para que a água fique correndo”, complementa Buchele.

O timer é um dispositivo que, quando acionado, garante alguns segundos de funcionamento do chuveiro – o suficiente para uma ducha depois de um banho de mar. O equipamento garante o uso racional da água e pode ser encontrado com mais freqüência em banheiros de bares, restaurantes e hotéis da região. Este sistema já é exigido por lei em obras residenciais e comerciais novas em cidades como Curitiba. Em Itajaí, o executivo estuda a possibilidade de implantar lei similar.

Enquanto isso não acontece, a direção do Semasa pede a colaboração da população. “A água é um bem precioso e é dever do poder público orientar a população sobre os riscos de escassez, mas é dever de cada um usá-la com consciência”, esclarece o diretor geral da autarquia, Marcelo Sodré. O Semasa solicita ainda que a população ajude na fiscalização do uso e da preservação dos chuveiros de Cabeçudas. Qualquer pessoa que ver um ato de vandalismo pode entrar em contato com o Semasa pelos telefones 0800 645 0195 / 3344 9000 ou chamar a polícia.
Vale lembrar que vandalismo é crime contra o patrimônio público. De acordo com o artigo 163 do Código Penal Brasileiro, é crime “destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia”. O dano passa a ser qualificado se o ato for praticado “contra patrimônio da União, Estado, Município, empresa de serviços públicos...”. A pena é de detenção de seis meses a três anos, e multa.