Segunda, 21 de maio de 2007, 19h10
Depois da enxurrada da última sexta-feira (18/05) que causou estragos nas margens do rio Itajaí-Mirim e alguns alagamentos, o Semasa divulga nesta segunda-feira as providências tomadas para garantir a continuidade das obras.
Nesta segunda-feira (21/05) sete das oito comportas da barragem estavam levantadas. Apenas a última comporta do lado direito ficou fechada para evitar a vazão e facilitar o conserto da margem que desbarrancou com a força da água. “Assim que o tempo permitir vamos começar também a recuperação das margens desbarrancadas”, afirma o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré.
Outras decisões foram tomadas em virtude da primeira experiência de enxurrada desde o início da construção da barragem, em agosto de 2006. “Vamos garantir o cravamento de estacas-pranchas nas laterais do rio com maior profundidade. além de apressar a entrega e instalação do pórtico rolante que garantirá a abertura automática das comportas”, explica Sodré.
O incidente com cerca de 700 toneladas de entulho que obstruíram o fluxo do rio durante a sexta-feira e o sábado também tem solução prevista. Durante a obra o trabalho será manual para a retirada de troncos, galhos, folhas, garrafas, pneus e outros lixos. “Porém, até a inauguração da barragem, será instalado um guincho para a retirada desses entulhos”, destaca o diretor geral do Semasa. Além disso está previsto um plano de monitoramento do Itajaí-Mirim próximo a Brusque. Com o sistema será possível prever com até 5 horas de antecedência anormalidades na vazão e com isso, abrir as comportas com maior segurança para garantir o fluxo da água.
Outra medida adotada ainda no sábado (19/05) foi à identificação de possíveis alagamentos em lavouras da região da barragem. O Semasa solicitou ao diretor da Epagri. Jorge Luiz Malburg que visitasse as propriedades, identificando áreas alagadas pela enxurradas, as culturas dessas áreas e os possíveis prejuízos. “Conforme compromisso do prefeito Volnei Morastoni assumido em audiência pública, caso seja confirmado pelos técnicos o prejuízo, vamos indenizar os agricultores, mediante apresentação de relatório técnico da Epagri e a entrega da colheita relativa à indenização”, conclui Sodré.
Segundo o diretor da Epagri, Jorge Luiz Malburg, o primeiro contato com a comunidade foi feito ainda no sábado com o presidente da associação de agricultores do São Roque, Valdinho Reichert e com o agricultor Ronaldo Henrique dos Santos, o Piava. “Pedimos o apoio da associação para fazermos o levantamento solicitado pelo Semasa e no domingo fomos informados pelo Sr. Valdinho que os agricultores não estariam interessados em indenização”, relata Malburg.
Ainda assim, a Epagri deve fazer o levantamento das áreas atingidas e possíveis prejuízos. O diretor do Semasa, Marcelo Sodré determinou ainda que todo agricultor que sentir-se lesado pelos efeitos da enxurrada em função da barragem pode procurar o Semasa. A autarquia irá encaminhar a solicitação para a Epagri realizar vistoria técnica e, mediante relatório e entrega da colheita, proceder indenizações. “Alertamos os agricultores que não mexam nas lavouras antes da vistoria da Epagri para que a avaliação de possíveis danos seja feita de forma correta”, informa Sodré.
Relembrando...
O problema começou na tarde de sexta-feira (18/05). Segundo profissionais da Cidasc esta foi a maior enxurrada na região deste setembro de 2005. “A vazão normal do rio Itajaí-Mirim é de 30 litros de água por segundo. Durante quinta-feira e sexta-feira, a vazão passou de 130 l/s”, relata o engenheiro agrônomo da Cidasc, Hamilton de Oliveira. Os sites de meteorologia também garantem que a precipitação foi bem acima da média.
O resultado foi a força do rio que ao encontrar a resistência das comportas fechadas acabou causando o desbarrancamento das margens do rio Itajaí-Mirim. A força da água também dificultou a operação de abertura das comportas que ainda operam provisoriamente durante a execução das obras da barragem. Outra dificuldade foi a decisão de manter as duas comportas centrais fechadas. Estas comportas ficam bem em frente à balsa que sustenta o guincho responsável pela abertura das comportas, enquanto a estrutura definitiva não é instalada. A abertura delas colocariam em risco a estabilidade desta balsa comprometendo ainda mais as obras da barragem.
Nesta segunda-feira, com o fluxo menor do rio foi possível abrir praticamente todas as comportas e liberar a vazão completo do rio Itajaí-Mirim. Porem, com a continuidade das chuvas que estão na região há mais de uma semana, a inauguração da barragem prevista para junho deve ser adiada, ainda sem data definida.
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