Sexta, 20 de abril de 2007, 11h14
Cidasc constata que funcionamento da barragem aumentou em cinco vezes a vazão do Rio Itajaí-Mirim “velho”.
O Semasa ainda comemorava a eficiência da barragem para conter a cunha salina quando recebeu a informação de que a obra está garantindo também outros benefícios. De acordo com o engenheiro agrônomo da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), Hamilton Henrique de Oliveira, o Rio Itajaí-Mirim “velho”, como é conhecido, voltou a ter fluxo de água. “Com a construção do canal retificado na década de 80, a água passou a escoar toda pelo novo leito. Com isso, o Itajaí-Mirim velho foi perdendo a vida”, relata o engenheiro responsável pela dragagem do rio nos últimos dois anos.
A dragagem foi contratada pela prefeitura para desobstruir o rio que estava quase fechado pela sedimentação de materiais. “Nesses dois anos nós retiramos 111 mil m3 de lodo, raízes, troncos e lixo do leito”, destaca Oliveira. Essa quantidade equivale a 7.400 caminhões trucados. O rio praticamente não tinha mais oxigenação, o que impede a vida da fauna aquática e favorece a disseminação de aguapés, que retém água parada e prolifera a reprodução de mosquitos.
O primeiro efeito da barragem foi a contenção da cunha salina. No último final de semana, o Semasa registrou mais de 6 mil mg/l de sal a jusante da barragem, enquanto a montante o valor não passou de 200 mg/l. “Esses dados provam que todo esforço para captar recursos e realizar a obra foi a decisão mais acertada e livrou os itajaienses de nova crise no abastecimento”, comemora o prefeito de Itajaí Volnei Morastoni.
O engenheiro da Cidasc cita ainda outros benefícios da barragem sob o ponto de vista ambiental, econômico e social. “Os agricultores da região já percebem que a melhoria da qualidade da água depois da barragem beneficia a agricultura de hortaliças e do arroz”, garante Oliveira. Dois agricultores que estão antes da barragem já discutem a possibilidade de instalar um duto para captar água depois da obra e garantir a mesma qualidade para a irrigação.
A incidência de mosquitos na região também deve diminuir, melhorando a qualidade de vida dos moradores. “Água parada prolifera aguapés, onde os mosquitos têm local para se reproduzir em maior quantidade. Com a vazão aumentada em cinco vezes, o rio velho apresenta uma correnteza de aproximadamente 5 km/h e vai impedir o surgimento dos aguapés”, explica o engenheiro agrônomo da Cidasc. A previsão é de em num breve espaço de tempo também seja possível rever cardumes no local. “A barragem está melhorando a vida de todos, dos moradores de Itajaí e Navegantes até a fauna e flora da região”, destaca o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré. A expectativa é de que a barragem esteja completamente concluída até o aniversário do município, em 15 de junho. “Será um grande presente para Itajaí”, conclui Sodré.
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