FALTAM TRÊS DIAS: BARRAGEM DE CONTENÇÃO DO SAL SERÁ INAUGURADA NESTE SÁBADO, DIA 08 DE SETEMBRO.

Quarta, 05 de setembro de 2007, 11h42

As comemorações começam já no feriado de 7 de setembro. Durante o desfile oficial pela Independência do Brasil o Semasa irá mostrar os benefícios da barragem e convidar a população para participar da inauguração no sábado, a partir das 10h. Cerca de 90 pessoas estarão na Avenida Beira Rio com faixas, camisetas e outras surpresas para o público presente.

Com o slogan “Barragem é Independência: Itajaí livre do sal!” funcionários, filhos de funcionários e alunos, pais e educadores do CEI Ana da Silva Fontes representarão o Semasa no desfile de 7 de setembro. Os alunos do Centro de Educação Infantil do bairro Cordeiros vão para a avenida depois de terem organizado um projeto sobre água durante todo o ano com o apoio da autarquia. “Agora, com a construção da barragem temos uma resposta definitiva para a questão da salinidade levantada pelos alunos e vivida por todo o município”, declara a professora do CEI, Potira Maria Duarte de Moraes.

A inauguração da Barragem será no dia 8 de setembro, a partir das 10h. Neste horário a barragem já estará aberta para a visitação do público e deve ficar disponível à população até às 18h. O cerimonial de inauguração está previsto para iniciar às 11h com a presença de várias autoridades, entre elas a do Governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira. “Cada morador de Itajaí é nosso convidado para conferir de perto essa obra histórica para Itajaí”, destaca o prefeito Volnei Morastoni.

O cerimonial terá a participação da Banda Municipal de Itajaí, do Coral de crianças do Proarte, do Grupo de Dança Millenium e da Banda S/A. Emissoras locais e regionais de rádio e televisão farão a transmissão ao vivo do evento. “O momento é de grande comemoração. Afinal, estamos marcando um novo tempo de independência capitaneada pelo nosso prefeito Volnei Morastoni que garantiu recursos junto ao Governo Federal para a realização dessa obra histórica”, comemora o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré.


BREVE HISTÓRICO

Existem relatos da salinidade na água encanada de Itajaí desde a década de 70. Com o passar dos anos, em função da degradação ambiental e das alterações climáticas, o problema se agravou. Quando o Semasa foi criado - rompendo um contrato de concessão de 30 anos com a Casan, em 2003, a cidade enfrentou uma grave crise no abastecimento com sal na água que chegava à casa dos consumidores. A antiga administração construiu uma barragem de paus e pedra que não resistiu à primeira chuva. E a cidade continuava refém da maré alta. Cada vez que a maré avançava sobre o leito do rio Itajaí-Mirim, a captação do Semasa bombeava água com índice de sal muito acima do permitido pelo Ministério da Saúde.

Em 2006, a salinidade na água voltou a incomodar a população. Durante 9 meses, os itajaienses conviveram com chuveiros queimados e com a impossibilidade de beber a água que vinha nas torneiras. O prefeito Volnei Morastoni determinou que fossem instalados 81 pontos de distribuição de água potável pelo município. Caixas de 5 mil litros foram colocadas em todos os bairros e eram abastecidas diariamente com água potável transportada em caminhões-pipas. Isso representou a garantia de 400 mil litros de água por dia, em média, mais de 2 litros de água para cada morador de Itajaí. Com isso, foi garantido o consumo da população que teve acesso a essa água potável sem custo algum. Para o Semasa, os 81 pontos de abastecimento durante 9 meses representaram um investimento na saúde da população na ordem de R$ 2 milhões.

Itajaí não podia mais esperar! O prefeito Volnei Morastoni foi à Brasília e conseguiu com o presidente Lula e com a Secretaria Nacional de Defesa Civil os recursos necessários para a construção da barragem. Foram mais de R$ 5 milhões investidos, dezenas de trabalhadores, cerca de 400 dias de trabalho e a cidade já pode comemorar um tempo de independência; Itajaí está livre do sal.

Em janeiro desde ano, o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré e o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni entregaram a primeira etapa da barragem. A partir daí, a obra já cumpria a sua finalidade principal: conter a cunha salina. É que a barragem foi construída em duas etapas. Na primeira, metade do rio foi fechada. Os técnicos secaram e concretaram essa metade para a construção de quatro (das 8) comportas. Assim que esta parte ficou pronta, e as quatro primeiras comportas já podiam ser erguidas, a outra metade do rio foi fechada para passar pelo mesmo processo. Enquanto a segunda metade da barragem era construída, a primeira parte já operava, abrindo e fechando as comportas e controlando a salinidade. E prova do sucesso da operação é que o Semasa chegou a registrar mais de 6 mil mg de sal por litro de água no Rio Itajaí-Mirim, enquanto do outro lado da barragem o índice não passou de 100 mg/l – o máximo permitido por lei é de 250 mg/l. A barragem já era um sucesso e garantia a independência de Itajaí. A cidade estava livre do sal!

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