Imprópria para consumo. Esse foi o resultado apontado para a água da bica da Ressacada

Quarta, 15 de março de 2017, 17h07

Portaria nº 2914 de 12/12/2011, do Ministério da Saúde, dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

As duas amostras coletadas no bairro Ressacada – aos pés do morro do bairro, no dia 07 de março, foram encaminhadas para o laboratório. Com elas foram feitas duas análises. Uma física química e outra microbiológica. Hoje saíram os resultados:

Na primeira análise foram constatados alguns aspectos fora dos parâmetros previstos pela resolução nº 357 da CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente - para rios classe 2 e também para a portaria 2914/ 2011 do Ministério da Saúde - para o parâmetro PH. O PH da água apresentou resultado de 4,84, quando o recomendado é de 6,0 a 9,5. O Sulfeto apresentou 0,003. Segundo os parâmetros da resolução nº 357, da CONAMA, o considerado é até 0,002. Já o resultado para Manganês na água foi de 0,2 e o recomendado é de até 0,1 mg/l.

Na análise microbiológica foram identificados índices de Coliformes Fecais (165,0) e de Coliformes Totais (1986,2). A simples presença de bactérias desse grupo em água destinada ao consumo humano, a classifica como NÃO POTÁVEL. De acordo com orientação do Ministério da Saúde, na eventual ocorrência de quaisquer concentrações de coliformes totais, o ponto de consumo deve ser interditado e devem ser adotadas as medidas de higienização e desinfecção do local. Em seguida, uma nova análise deve ser realizada para que se tenha a certeza de que os procedimentos surtiram os efeitos desejados.

Segundo o engenheiro químico do Semasa, José Adriano Kielling, nem mesmo a fervura da água é capaz de combater totalmente esse tipo de contaminação, porque o coliforme fecal, por exemplo, é termo tolerante, ou seja resiste até mesmo em meio à alta temperatura. Ele informa, ainda, que o Semasa não tem prerrogativa de controle sobre bicas ou fontes alternativas de abastecimento. Quem faz esse trabalho é a vigilância sanitária.

Por se tratar de uma questão de saúde pública, de tempos em tempos o Semasa realiza algumas análises nas bicas da cidade. Em 2011/2012, o Semasa, em parceria com a Vigilância Sanitária de Itajaí, realizou a análise da água de dozes bicas da cidade e o resultado foi preocupante: todas apresentaram índices de coliformes fecais e/ou totais. Acredita-se que hoje, em Itajaí, existam, pelo menos, doze bicas de onde moradores tiram água para consumo e/ ou uso geral. As mais conhecidas são as dos bairros Ressacada, Fazenda, Fazendinha, Parque Atalaia, Cabeçudas e Praia Brava.

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Textos

Análise físico química
Análise miobriológica