Segunda, 17 de abril de 2006, 17h55
A estiagem das últimas semanas e a poluição do Rio Canhanduba começam a comprometer a captação e tratamento de água. No final da tarde desta segunda-feira (17/04) as duas principais estações de tratamento da cidade estavam paradas. Alguns bairros já podem sofrer com a falta de água nas próximas horas. A direção do Semasa pede a colaboração da população para economizar água.
A cunha salina volta a comprometer o abastecimento de água em Itajaí. Com o baixo nível do rio por causa da falta de chuva o mar avança sobre o leito do Itajaí-Mirim trazendo sal para água e impedindo o tratamento. De acordo com as normas do Ministério da Saúde a quantidade máxima de sal permitida é de 250mg de cloreto de sódio por litro de água. Neste domingo a água captada a 2 km montante da ETA São Roque apresentou índice de 1200 mg/l, o que impede o tratamento.
A ETA Arapongas também parou o tratamento nesta segunda-feira. O problema neste caso é a poluição do Rio Canhanduba. A água captada do rio apresenta uma espuma espessa, branca e fétida. Apesar dos esforços da Famai e de outros órgãos de fiscalização ainda não foi possível acabar com o problema. Uma solução paliativa é a limpeza do manacial, cuja vazão da água está comprometida pelo excesso de algas, típicas que ambientes poluídos. “Com a limpeza prevista para esta semana esperamos diluir a poluição e melhorar a qualidade da água tratada”, anuncia o diretor técnico do Semasa, Carlos Augusto Büchele.
Para o caso da salinidade também existe a possibilidade de amenizar o problema. Uma solução seria o aumento de chuva, principalmente nas cabeceiras do Rio Itajaí-Mirim. Mas a previsão não é otimista. Técnicos da Epagri já anunciaram um outono extremamente seco. A solução definitiva será a construção de uma barragem. “Já existem projetos neste sentido, mas a obra está orçada em aproximadamente R$ 16 milhões”, explica o diretor geral do Semasa, Marcelo Sodré. O Semasa não dispõe de recursos próprios para esta obra e está na busca de investimentos externos para agilizar o serviço.
Os efeitos dos dois problemas já podem ser sentidos pela população. Alguns pontos dos bairros Ressacada e Itaipava já estão sem água. Estes locais são abastecimentos pela ETA Arapongas, paralisada pela espuma. Quanto a ETA São Roque, se o nível de sal não chegar a níveis aceitáveis, amanhã os bairros São João, Cordeiros, Salseiros e parte do Centro já podem amanhecer sem água. A direção do SEMASA pede a compreensão das consumidores e a colaboração no uso da água. “Economia é a ordem do momento para que possamos atravessar este problema no abastecimento sem maiores prejuízos”, pede Sodré.
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