Órgãos de fiscalização realizam busca para descobrir a origem da contaminação do Rio Canhanduba

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15/03/2006 08h41

Depois de várias paralisações na Estação de Tratamento Arapongas causadas por espuma e forte odor na água do Rio Canhanduba, entidades se unem em força-tarefa nesta terça-feira (14/03).

Por diversas ocasiões nas últimas duas semanas, o SEMASA foi obrigada a interromper o tratamento de água na Estação Arapongas, que abastece cerca de 20% da cidade, por problemas de contaminação do Rio Canhanduba. A água apresentava espuma e nos últimos episódios um forte odor que impediam o tratamento. Essa situação causou a falta de água em parte dos bairros Praia Brava, Cabeçudas, Fazenda e Centro. No final de semana o SEMASA chegou a contratar um carro de som para avisar a população sobre o risco de interrupção no fornecimento.

“A direção da autarquia decidiu chamar todos os órgãos públicos de defesa do meio ambiente para descobrir a causa da poluição do Canhanduba”, explica o diretor geral do SEMASA, Marcelo Sodré. A força-tarefa aconteceu na tarde desta terça-feira (14/10) e contou com fiscais da Famai, Vigilância Sanitária, Ibama e Semasa. “Visitamos empresas ao longo do leito do Rio Canhanduba e encontramos algumas irregularidades”, revela o agente de fiscalização do Ibama, Alvino Pereira. Uma empresa apresentava reservatórios fora dos padrões exigidos por lei.

Numa outra empresa existem lagoas de decantação de dejetos que apresentam vazamento e contaminação do Rio Canhanduba. “Coletamos três amostras das lagoas e do líquido que está sendo jogado no rio para análise”, conta o farmacêutico da Vigilância Sanitária, Rodrigo Martins. As amostras já foram enviadas para o Laboratório Central do Estado, em Florianópolis e o resultado deve sair em uma semana. “Com esta análise será possível dizer se o agente contaminante da Estação Arapongas que está deixando centenas de pessoas sem água vem destas empresas ou não”, conclui Sodré.